Como a educação pode se tornar uma prática da liberdade?

Registro do desdobramento de pauta - ATPC 15/06/2021

Através conscientização dos alunos sobre o seu verdadeiro lugar no mundo focando sempre na realidade. E o primeiro passo pra libertação.

A educação PODE (50%) contribuir para o individuo chegar aonde quer, se é que ele sabe quem é, o que quer e onde ir...
Como eu sou senhor somente de mim e do Émerson, respondo pelo Émerson.

A liberdade só faz sentido na medida em que caminha na contramão do desejo, porque o homem é desejante. Deseja tudo aquilo que não tem, por isso, ama platonicamente, de acordo com as inclinações do seu corpo, da sua natureza.

Se para os gregos a natureza era um modelo de comportamento, logo, ser contemplada, na contemporaneidade a natureza é uma inimiga a enfrentar. Nossa natureza são nossos desejos e só teremos certeza de ter boa vontade ou liberdade quando deliberarmos contra essas pulsões. Seremos livres na medida que faremos o que não queremos, agindo contra nosso estado de natureza, priorizando a razão.

Assim, a educação só teria sentido enquanto prática libertadora se educarmos contra aquilo que pensamos sobre educação e efetivarmos um modelo educacional proposto pelos agentes que concretizam a educação, no nosso caso, a Secretaria da Educação na figura do Rossieli/Doria/PSDB.
Elementar pensamento!

O conhecimento  liberta, só ele vai nos  libertar de preconceito , amarras e imposições que a sociedade  coloca.
A educação te liberta da ignorância .... Liberdade é o poder de escolher.

A Educação se torna uma uma prática de liberdade a medida em que possibilita ao individuo desenvolver as habilidades necessárias para se encontrar no mundo e construir seu próprio caminho na vida. O currículo e seleção de habilidades previamente escolhidas e trabalhadas na escola só contribuirão para a liberdade dos alunos se a eles for explicitado o contexto e os interesses externos que decidem o que é ensinado na escola.

Não acredito em campanhas de conscientização. A tomada de consciência é um estágio particular do ser humano que tem um momento específico para desabrochar, se é que alcançará um dia. Acreditar na conscientização do outro para erigir uma educação libertadora é confiar em uma variável que independe do ser. É delegar ao do ente a condução de um caminho onde a incompetência se faz presente. É fiar na minoridade da grande parte do povo que compõem nossa nação.

Se pra ser livre é preciso seguir as pulsões, e se a cultura domina as pulsões, e se a educação transmite a cultura de geração em geração... Então a Educação seria um obstaculo a satisfação das pulsões e consequentemente da liberdade. Por outro lado, sem educar o outro eu ficaria em situação de vantagem sobre ele, ao negar-lhe a cultura e o conhecimento historicamente construídos pela humanidade. . A pergunta então não deveria ser " Como a Educação pode se tornar uma prática da Liberdade?" Mas sim, " É possível superar o antagonismo entre Educação e Liberdade?"

Você, Jovem Companheiro, somente terá êxito na cátedra de ensinar selecionando previamente habilidades a serem trabalhadas com vossos alunos se... aquilo que escolher... transcorrer ao encontro dos anseios de seus alunos e, para que isso se finde, terá que ser minucioso nessas antelações para grassar junto a finalidade do seu aluno. Eis aí o grande busílis, você dando causa à finalidade de um ser exterior ao seu. Você traduzindo o "locus" daquele que desconhece a luz em meio às trevas. Você tomando as rédeas do destino de um outro que mal sabe enfrentar o mundo, tampouco refrear. Isto é uma ideia antilibertadora, uma desaforria pedagógica.

Discordo novamente, Caro Colega!

Libertar-se é jornadear-se CONTRA as pulsões.

Razão em primeiro lugar. Dar vazão às emoções, esses sentimentos vis é não aldejar à maioridade! É coabitar em estado de natureza.

De alguma forma a educação tem que ser norte para uma perspectiva e futuro desses alunos. O conhecimento ele precisa ser transmitido mesmo sem ser utilitarista, mas ele tem que ser conexo com a realidade e conexo com habilidades para a criação de um individuo humanizado e pensante, que vá fazer a reflexão por meio dessas habilidades e conhecimentos que são passados dentro da sala de aula. Um outro ponto é o conhecimento universitário ser passado sem ser de forma a se fazer uma transposição didática, mas sim elevar o nível das discussões ligadas ao individuo como agente pensante e reflexivo. Nós como educadores devemos ser ponte para dissertar certos insaides nos alunos, e incentivadores da busca por aprofundamento dos conteúdos, e da auto reflexão.