Qual é o tipo de relação estabelecida entre consumo e juventude, e a influência dos meios de comunicação na cultura jovem?

Questão 1
29/06/2021

O jovem é o público preferencial dos meios de comunicação voltado para o entretenimento. Isto é reforçado pelo mercado publicitário que vê no público jovem um grande potencial de consumo. A incapacidade da sociedade absorver o coletivo ‘juventude’, em contrapartida à superproteção que as classes média e alta querem oferecer aos seus filhos, é uma das contradições mais marcantes do nosso tempo. Trabalha-se para oferecer mais educação e melhorar a qualidade desta oferta, mas sem uma conexão muito clara com a realidade. O mercado, formado por empresas e organizações que geram e distribuem riquezas, está sempre buscando alternativas mais eficientes e econômicas para otimizar seus ganhos. Enquanto isso, não existe uma reflexão sobre os impactos que algumas ações podem causar na juventude.

Acredito que o jovem seja um "alvo" muito atraente para os meios de comunicação, devido ao seu período especial da vida: a juventude. A formação de suas bases estruturais, sua personalidade, suas preferências e sua aparência. Como ele quer ser visto, reconhecido nos grupos que é integrante? Nesse processo, os meios de comunicação exerce uma forte atração quando veicula o apelo ao consumo. O jovem se apoia nessa opção para construir sua personalidade e se firmar perante os grupos sociais.

Todas as nossas condutas impactam à convivência e com o consumo, não é diferente. Quase sempre, quando pensamos em consumo, pensamos em algum tipo de desejo, ganho, prazer, satisfação que quem irá consumir, terá. O consumo aplacaria a falta do desejo e transformaria isso em satisfação, prazer, ganho...
O que a mídia converge na fatia de mercado da juventude sempre estará vinculado à alguma saciedade individual em contraponto ao enfado coletivo diante quimeras convertidas em likes, curtidas e seguidores.

Porém, se pensarmos em uma perspectiva ética, é preciso lembrar que a prática do consumo não é apenas uma prática do abastamento de quem consome porque interfere na convivência produzindo outros efeitos correlatos, paralelos a essa satisfação. Quando consumimos, por exemplo, economicamente incentivamos, apoiamos aquele que produziu o que estamos consumindo. Assim, a prática de consumo consciente exigiria uma lucidez sobre aquilo que está sendo consumido, em que condições aquilo foi produzido.
Quando ao consumir, prestigiamos quem produziu, poderemos estar prestigiando práticas produtivas danosas, seja para a sociedade através das relações de trabalho, seja para o planeta por meio da depredação, da destruição das coisas da natureza.

Sendo assim, caso renunciássemos uma satisfação de um apetite, de um ganho em nome da proteção desses valores que são importantes, talvez possamos substituir essa satisfação por outra e assim, impedindo que uma prática predatória receba nosso prêmio e incentivo por intermédio do nosso consumo. Se todos pensarmos assim, aqueles que tiverem práticas danosas para a sociedade e para o planeta, terão que rever suas práticas se quisermos jogar o jogo da oferta e da demanda, do consumo e do mercado.

Portanto, um consumidor consciente se levado à uma escala universal acabará exigindo uma prática de produção consciente e respeitadora da convivência, do homem e do planeta.
Por isso, vale a pena os pais educarem seus filhos para que ganhem o hábito de não agir em detrimento dos demais e não agir em detrimento do planeta, mais do que falando, mas, agindo como referência, modelo e explicando no ato do consumo porque adquirir tal produto e de certa forma, mostrar através do exemplo, revelar aos jovens as consequências, as extensões das práticas que transcendem ao prazer que uma picanha ou doce de leite podem oferecer.

E assim, sempre que tivermos uma iniciativa coletiva que é o que se espera, protegeremos o que é de todos e criando condições de convivência mais propícias à uma vida individual mais feliz para cada um dos que convivem.

As novas dinâmicas sociais que são influenciadas pelas mídias sociais, estão sendo um setor agravante nesse processo de alienação e massificação do consumo, os modismos, e toda essa sociedade pautada em estar feliz o tempo todo, uma sociedade de espetáculo, acaba que que os jovens se tornem um mercado muito forte e lucrativo. As mídias sociais elevaram a um outro patamar o consumismo que quase sempre esta atrelado a uma sensação de bem esta e felicidade, nos últimos tempos com o avanço das mídias sociais, nunca antes se consumiu como agora, e geralmente não se tem uma critica por trás desse consumismo.